sexta-feira, 24 de julho de 2009

A vida é... e nós?

Duas razões pela minha aparição em meio a uma semana de comemorações do meu aniversário. Primeira delas uma dica "internética" Site chamado de "banco de imágenes gratuitas". Várias imagens muito bacanas boas resoluções e tudo que tem direito. A segunda porém não menos importante é sobre a atuação das mulheres na sociedade. Fiz um copy left do post da queridíssima Ale Terribili, ativista política, sobre uma visão da mulher em seu campo de atuação no caso específico o Movimento Estudantil. Eu me arrepiei. Duro perceber como os mecanismos culturais e institucionais que criamos são reproduzidos em prol da opressão feminina, dentre outras coisas, e passam desapercebidamente por nossas janelas da alma.

É um post longo, hoje é sexta feira então ele vale por todo final de semana. Ou quase. Para os portadores de preguiça intelectual e ocupados de plantão simplesmente marquem ali embaixo no campo, "nem li" e deixa rolar. Para os nobres de espírito e puros de coração, ávidos pelo auto-aperfeiçoamento, rs, aproveitem, esse post mexeu com a minha manhã.

Uma demonstração de unidade e de coragem.

A plenária final do 51º Congresso da UNE contou com uma seqüência de falas que não estava disputando nenhuma resolução em específico, nem fazendo a defesa de uma ou outra chapa. Chamavam atenção por mais do que isso: eram vozes femininas, o que ainda é incomum de se ouvir num espaço como aquele. Mais motivo pra prestar atenção: elas representavam as principais forças políticas do congresso e do movimento estudantil como um todo, identificadas com PT, PCdoB, PSOL.

Essa unidade era pra denunciar o machismo do movimento e afirmar que as mulheres seguirão organizadas pra enfrentar e pra propor política para que a UNE, como um todo, enfrente. E elas sabem que, quando as mulheres se organizam pra lutar contra a opressão, a reação vem. Mas estão preparadas e mais maduras pra garantir a luta das mulheres. São vitoriosas desde já por terem protagonizado um momento tão... bonito.

Bonito porque a luta das mulheres é bonita. Porque é emocionante ver a unidade entre tantos setores, em meio a uma disputa que, tantas vezes, é cruel. E porque, ainda que nem todos tenham ouvido ou entendido o que elas disseram, aquelas que, como eu, pararam para ouvir cada palavra, certamente ganham mais fôlego, mais ar, pra lutar e seguir lutando. Não estamos sozinhas.

O ME é cheio de expressões do machismo que permeia toda a sociedade e a universidade. Tem casos de violência – aliás, as mulheres aprovaram uma carta com orientações e métodos de como a UNE deve tratar casos de violência que ocorram em seus fóruns e seus espaços. Tem desqualificação das mulheres que assumem papéis protagonistas. Tem assovios, gritinhos, risadinhas. Tem músicas escandalosamente machistas e palavras de ordem que seguem a toada. Tem xingamentos que só se dirigem às mulheres. Tem homem dirigente que se aproveita dessa condição pra tratar as mulheres como produtos à venda. Tem assédio sexual. Tem pouco espaço pra discutir o feminismo. Tem pouco recorte feminista pros debates gerais. Tem tolerância demais com situações explícitas de opressão.

A próxima executiva da UNE apresentará um desafio pra essas lutadoras que subiram ao palco naquele domingo, 19 de julho. Pra elas e pras demais lutadoras que as ouviam no ginásio, ou que estão nas universidades organizando a luta de todos os dias. O desafio de garantir a presença das mulheres pra garantir o feminismo na UNE.

A informação que tenho é que as chapas que já têm definidas suas indicações para a direção executiva da entidade não se preocuparam em assegurar a presença das mulheres. Um dos eixos das falações das companheiras era justamente ressaltar a importância de se aprovarem as famosas cotas de 30% para mulheres na direção da UNE, que não há. De olhos bem abertos, vamos observar que as teses que se apresentaram ao 51º Conune, embora falem sobre “gênero” nos seus materiais, ainda não vão assegurar que mulheres dirijam a entidade.

Parabéns às mulheres do ME, por essa demonstração de força e de que é possível superarmos diferenças para lutar por justiça e igualdade, que é uma pauta comum a todas nós. Foi louvável a iniciativa, me emocionou bastante. Parabéns a cada uma das que lutam. Parabéns à Lúcia Stumpf, é preciso dizer, que foi uma presidenta da UNE atenta à agenda das mulheres, contribuiu, fez diferença. Não basta ser mulher, tem que ser feminista!

E que no 52º Conune (onde espero não estar... rsrs...), os próximos 2 anos tenham enchido ainda mais de sentido a luta das mulheres militantes do ME. Que seja inaceitável e intolerável qualquer manifestação de machismo. Das repudiáveis musiquinhas da plenária final às agressões de mulheres que ocorrem Brasil afora em espaços do movimento.

A luta sempre continua...
(extraído do blog da Ale)

All-American Rejects. Womannizer/ So happy together
Um belo sarro da Srita. Spears, e a prova cabal de que até gastando a música dela um músico de talento mediano consegue fazer melhor.



Na agenda de hoje: BLACK FRIDAY
Sexta, 24 de julho de 2009, 23h
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Escalação:
DJs residentes: Tamenpi e Joca-san
(soul, nu soul, funk 70's, hip hop e afins...)
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Tonho Crocco ficou conhecido quando assumiu os vocais da Ultramen, banda que em 17 anos produziu 5 discos. Paralelo a isso, como se não bastasse capitanear uma da bandas brasileiras mais importantes e criativas de todos os tempos, Tonho gravou como vocalista do De Falla, pegou a estrada com a Black Master, foi um dos fundadores das bandas Casa da Sogra (pioneira no resgate do samba rock gaúcho em 2001) e Tonho Crocco e Brazilian Sound Machine. Participou de coletaneas, CDs e DVDs de artistas como Nando Reis, Papas da Língua, Nitro Di, Da Guedes, Bataclã FC entre outras inúmeras atividades. Atualmente Tonho Crocco está em fase de lançamento de seu primeiro registro solo, "Teto Solar". São cinco músicas inéditas gravadas no estúdio ZL Music (Manhattan) com produção do londrino Simon Katz (produtor/guitarrista do Gorillaz e Jamiroquai) e do brasileiro Zé Luís Oliveira, carioca radicado em NY ha 18 anos. Neste disco Tonho explora suas influências, indo do samba ao afrobeat, passando pelo rock e samba rock. Tonho faz participação especial na BLACK FRIDAY como DJ e MC, tocando os sucessos de sua carreira misturados com pérolas da black music, afro beat, reggae e dancehall.
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Clandestino Bar
Rua Barata Ribeiro, 111 – Copacabana
(esquina com a Rua Duvivier - estação Arcoverde do Metrô) -- Tel.: 3209-0348
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R$ 10 na lista amiga e entrando até 1h
REPLY!

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R$ 15 normal
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Capacidade: 200 pessoas
Proibido para menores de 18 anos
Nao esqueça o doc. de identidade
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M.A.K.E.I.T.F.U.N.K.Y!

See ya Intha Streets!

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