segunda-feira, 13 de julho de 2009

13 de Julho. Celebrar o verdadeiro, e não o midiático.

3 posts em um dia. É um novo recorde ou a total falta de vontade de compilar nos posts anteriores? A mais adequada talvez seja: Rebeldia. É, rebeldia, revelia, contrasenso, não importa. É o dia do rock. E em dias onde o Emotion Hardcore, o Emo, ou Rock com sentimentos é um subgênero do bom e velho rock and roll, algumas nuances devem ser estabelecidas.
No original, "To rock" e "to roll", eram duas gírias que os negros usavam pra trepar. Não era fazer amor novela das seis, papai e mamãe, pela primeira vez na noite de núpcias. Era trepar. dar uma foda, arrastar na encolha e mandar ver na pequena. A conjunção das duas gírias se deu deste jeito por conta de um Disk Jockey que para definir o som de caras como Chuck Berry, Elvis Presley, Muddy Waters, e conseguir fazê-los tocar nas rádios norte-americanas. O rock sempre foi sinônimo de ruptura com um determinado valor social.
Meus mestres da Cátedra costumavam dizer que quanto mais velho se fica, mais alguns valores se tornam absolutos. O Rock pra mim é um valor Absoluto. Quando eu penso em Rock'n Roll umas 3mil imagens aparecem na minha mente, mas uma delas é mais forte do que todas as outras. É música para beber, dançar, trepar e as vezes até se encher de drogas, mas não necessariamente nesta ordem. De um jeito ou de outro, denominar aquela música de sentimentos chorosos e melodias oitavadas, aquela atitude de adolescente com franja, sem perspectiva e sem coragem pra adimitir " sou emo sim, poha e dae?" chamar aquilo de Rock é fanfarronice. Deselegante. Foi mal, mas aquele som não me dá vontade de "to rock" or "to roll" with anybody, but to put a big fucking knife on my neck.
Então no dia Mundial do Rock vamos refletir sobre como a indústria tem transformado e como nós permitido que o blues que os crioulos misturaram com o country dos branquelos vire algo sem sabor. Que este panteão de rebeldia, o Rock, não seja rótulo pra qualquer garoto sem atitude com uma guitarra, e que por favor respeitem minha rabugice de rockeiro marxista. Vamos usar a nomeCHATURA correta. ROCK'n ROLL: Do Soberbo Filipotês, Música de atitude rebelde que me dá vontade de beber, trepar e dançar. Não confudam com o Funk Carioca. Ele as vezes tem efeito similar sobre as pessoas, porém com muito menos consciência. Mas esse é um outro papo.

Um grande brinde aos heróis do rock, vida longa aos seus mártires, morte a seus farsantes!
Te vejo en las Canvas!

4 comentários:

Anônimo disse...

Pelo menos você vai sempre poder escutar as musicas daqueles crioulos que misturavam blues com tudo. Grande vantagem é ainda termos escolhas do que queremos ouvir ou não.
Acredito que EMO é música de adolescente (dessa geração), e o problema não está muito na industria fonográfica nessa hora, mas nessa nova geração que vive em meio a uma revolução digital/social onde cada vez mais as pessoas estão ficando sozinhas.
Pra mim, esses EMOS sempre existiram, mas não tinham nomes. Ou vai dizer que Legião Urbana é Rock?
Rock já foi música de drogar, fuder e beber, porque aquela geração era assim, agora é música pra chorar, se matar ou qualquer coisa que esses adolescentes de hoje andam fazendo. Rock é apenas o reflexo da geração. Rock é um termo pra mim que varia muito. Eu posso achar Buddy Holly Rock, ou Led, ou Guns.. mas pra mim é Happy Mondays, Oasis, Blur, The Verve. Porque foi o que me tornou "rockeiro" (e por ter escolhido essas bandas, com poucos amigos também, hehe)

Abraço!!

Mr. Pots & The Def Beatz disse...

ALELUIA IRMÃO, ALGUÉM Q SE EXPRESSA NO ESPAÇO, AMÉM.

o EMO de fato é o alvo fácil dessa geração. Mas o que me incomoda é a despretenção em trazer algo novo, o descompromisso com o revolucionário. Ora veja vc, hoje em dia ouvir o rock dos anos 50 é muito mais revolucionário que o de hoje. estranho não? Essa perda do conceito que algumas expressões artísticas mais ligadas com as massas intrinsícamente diluem é reflexo do momento político e social que vivemos no mundo. As bandeiras a serem conquistadas, os muros a serem dropados, não são alvo do interesse majoritário daqueles que históricamente sempre tiveram um papel de vanguarda; Como eu disse é rabugice de rockeiro marxista. hehe

Anônimo disse...

Mas você pode ver que muito do que foi revolucionario e artistas que fizeram muito sucesso nesse começo do "movimento" eram artistas recomendados por outros, ou que vestiam a camisa de algum movimento e eram conectados a esse, era uma época de maior interação social, onde queriam todos falar alto para que todos escutassem, e lógico que uma guitarra ajudava muito nesse ponto.

Acreditava-se que um movimento musical, poderia mudar o mundo.

O que acho que torna de extrema dificuldade para a nossa geração de como você disse, marxistas do rock (você não está sozinho nessa), é o de entender que existe uma revolução ocorrendo, mas que ela não está nos moldes com os quais estamos acostumados. A intereação social de hoje, que mesmo com blogs, email, twitter, etc, está menor. Pessoas estão sozinhas no mundo mesmo conectadas a 1000 pessoas. É triste o caminho que foi seguido, e esse rock EMO, pelo menos eu acho, serve como válvula de escape para essa geração. E tem sempre que lembrar que movimento Emo acontece mesmo no Brasil, México e EUA. Europa ocorre um retorno ao antigo, que muitas vezes precede um novo movimento músical. Tenho que fé que nós seremos surpreendidos logo logo.

abraço!

Mr. Pots & The Def Beatz disse...

Como todo pragmático, coloco na utopia a possibilidade. TOMARA hehe!