domingo, 25 de abril de 2010

Love love me do!

Toda felicidade do mundo pra minha amada que completa mesmo contra sua vontade mais um ano. Luv u Baby!

Pra manter o clima de celebração e alegria jovial, três videozinhos de uma batera bacana.



Te vejo pelas Ruas!


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Viradão Cultural Carioca.

Rola esse final de semana com cara de carnaval de Salvador o Viradão Cultural Carioca 2010. Olhei, direitinho, e sob o meu filtro acho que aí estão as atrações que merecem dois dedos de atenção. A programação completa vocês conferem Aqui.

Mais do que nunca,
Te vejo pelas Ruas!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Enquanto isso o menino Brasil entra na adolescência...

Quem me conhece pessoalmente e pelos meus escritos aqui no bloco, sabe que sempre fui um cara ligado a política de modo geral. Eu gosto realmente dessa cachaça democrática por diversas vezes torturante. Conhecer os candidatos, os partidos, saber quem é quem e sobretudo fiscalizar em quem eu votei, mesmo pelo portal da transparência do governo. Saber quem está com a boca enterrada no xaxim e quem não tá. é algo que me faz dormir em paz politicamente.
Há algum tempo atrás comecei um post com palavras semelhantes que culminava com a pergunta de que lado você está? Sugiro ler aquele post e termos ele como norte do meu raciocínio.

O Brasil é um país curioso. Ninguém dá a mínima pra política, a não ser os políticos. O cidadão mal sabe em quem votou nas ultimas eleições de vereador e prefeito, mas quando o assunto é corrida eleitoral, leia-se competição, amigo todo mundo vira técnico, digo analista político, digo cidadão engajado. Portanto eu, elevado a embriagues desse aguardente intelectual chamado política, me sinto no dever de vociferar minhas opiniões na busca sensata de escolher um partido nessas eleições. Sim um partido. Vamos ao exemplo prático:

Sou brasileiro de origem mestiça com identidade étnica negra. Família oriunda de comunidade, e pra encurtar a história de classe B. Seguindo minha linha de raciocínio do outro post torna-se impossível votar na Direita. DEM(PFL), PMDB, PSDB... Todos os sociais cristãos, trabalhistas (populistas era vargas) estão fora. Eles representam os dominadores, opressores e a manutenção de um capitalismo cruel. Isto posto. Vamos a Esquerda: As possibilidades são: PV, PT, PSOL, PSTU, PCdo B. Traduzindo a sopa de letrinhas dos partidos a partir da minha vivência política a coisa fica assim:

Partido Verde: O favorito da galera do Posto 9. Apesar do seu ar Hype, e de ter o "revolucionário" Fernando Gabeira e a Messiânica ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva como figuras centrais, o partido fica dançando nas votações e nos projetos políticos da direita pra esquerda dependendo de quem dê mais seda pro seu baseado. Pouquíssimo projeto de País e um site muito bem feitinho. Candidata: Marina SIlva.

Partido Socialismo e Liberdade: Eu acompanhei a formação do PSoL em niterói e nacionalmente. Um ruptura do PT esquerdista e de oportunistas de outros partidos menores sem muita expressão. Quando as tendências do PT começaram a se bater pela ascensão do partido ao poder, os esquerdistas do PT viraram o PSoL. Lembra da Heloísa Helena? Candidato: Plínio de Arruda Sampaio.

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados: A primeira grande dissidência do PT. Unificado em 1994 ele tem uma forte expressão no trotskismo. Na prática são um partido com forte atuação sindical e estudantil, sempre demarcando sua posição a extrema esquerda (as vezes de tão esquerda vira direita, rs) Candidato: Zé Maria.

Partido Comunista do Brasil: A esquerda histórica e herdeira do Partidão. São majoritários nos movimentos estudantis e atendem pela alcunha de Stalinistas. Eles negam, mas a prática é essa. São a base aliada do PT. Candidata: Dilma Rousseff.

Partido dos Trabalhadores: O maior partido de Esquerda do País. Fundado no final da década de 70, o partido dos trabalhadores é sem sombra de dúvida o mais expressivo dos supracitados. Com a ascensão ao poder de Lula + uma frente de aliados de outros partidos, o PT se abalou e teve dificuldades em separar o PT do Governo Lula. São os Leninistas, Apresentam uma grande disputa democrática entre as tendências conservadoras e revolucionárias e isso acaba refletindo aquilo que o PT é um partido de esquerda inserido na realidade volúvel de um universo político plural. Candidata: Dilma Rousseff.

Para quem acompanhou até aqui eu acho que vale muito a pena abrir TODOS os links desse post e dar uma lida geral nas propostas de cada partido e candidato à Presidência da República. Mesmo que você não escolha um candidato, você pode escolher um partido, uma tendência política dentro de um dos partidos. Nenhum desses partidos acima pode ser reduzido a um bloco como eu fiz. E exatamente por isso que se faz fundamental entrar nos links e tirar as próprias conclusões.

Eu tenho o meu escolhido há tempos apesar de não ser filiado. E você vai votar em qual partido?

Te vejo pelas Ruas!


segunda-feira, 19 de abril de 2010

pra dormir com Jah

Dois videos sensa de fim de domingo a noite. Assistam até o final ambos. Um groooove absurdo e o outro amigo Gene Krupa, simplesmente o garoto que inventou o hi hat o crash e os tons pra bateria. tá bom assim?


durmam com os deuses da música!

sábado, 17 de abril de 2010

Criatividade, Recorte, Inspiração, Ressonância. Um post curto em palavras mas grande no peito.

Ando um blogger muito sem vontade de escrever meus próprios textos, e isso já foi debatido aqui. enquanto a saudade de gestar um texto próprio não me motiva eu vivo a fazer ressonâncias binárias do que eu recolho aqui e ali. Nada muito inovador, mas certamente meu recorte de bytes tem a minha cara assim como a mesma música tocada por 2 ou 30 músicos diferentes, ou as fotos do mesmo objeto tiradas por pessoas diferentes.
Pra justificar minha indinplência literária acabei topando com um trecho de um poema no Blog da Pati que me esquentou o coração. Fernando Pessoa - Tabacaria. Ei-lo!

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?

Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!

E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!

Génio? Neste momento

Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,

E a história não marcará, quem sabe?, nem um,

Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.

(...)

O mundo é para quem nasce para o conquistar

E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.

Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.

Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,

Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.

(...)

Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;

Mas acordámos e ele é opaco,

Levantámo-nos e ele é alheio,

Saímos de casa e ele é a terra inteira,

Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido

"Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão."

Sensacional. para os realistas da alma, sonhadores e conquistadores o poema completo aqui.

See ya intha streets!

"Música é a brincadeira levada a sério." - Chico Science.

Por João Parahyba.

Projeto Música Brasil: “Carta aberta aos músicos e artistas”‏

“Caros companheiros artistas e músicos do Brasil,

Estamos num momento histórico de mobilização onde todos, ou quase todos estão lutando pela sobrevivência e manutenção da nossa música. Nos últimos dias tenho refletido sobre tudo que passamos nesses últimos meses, anos e décadas, e me veio na cabeça. Quem são os verdadeiros sujeitos disso tudo que está acontecendo na música brasileira, ontem, hoje e amanhã?!

Somos Nós! Artistas! Músicos e autores! Que fazemos desta arte a nossa vida, e no que diz respeito a estilos, gêneros e ritmos. Somos únicos! Sem nós, não existe música…. CD, DVD, Fonograma, rádio, show na televisão, mostra, festival, baile, casamento, carnaval e São João. Não existe nada!

Apesar de respeitar todos que estão participando deste debate, as entidades, os jovens produtores da nova geração, que hoje tem uma organização e discurso forte em prol de uma política cultural mais justa neste país, não vejo os interesses do artista e do músico com equilíbrio nesta balança entre os produtores de festivais, empresários da música, entre outros. Nosso problema é imediato: vivemos do nosso trabalho!

Ao ler o relatório da Rede Música Brasil (leia aqui), percebi que os projetos de maior valor contemplam os produtores de shows e festivais, empresários artísticos, pontos de rede e pontos de cultura, mas não diretamente a sobrevivência do artista. Com a queda brutal do mercado musical como CULTURA, hoje COMMODITIES, com a história desta política de show de graça, etc. e tal não existe subsistência, sobrevivência e sustentabilidade em toda cadeia. Estamos acabando com a iniciativa privada desde país, e ficando escravos dos editais. O funil das gravadoras e empresários artísticos do passado está hoje na máquina pública. Assim nunca construiremos um mercado cultural sustentável e verdadeiro

E honestamente, depois de 40 anos de carreira e de ter tocado no mundo todo, não venham me dizer que festival e mostra de música é única e exclusivamente uma vitrine para quem está começando ou para quem está um pouco sumido da mídia, ou ainda, uma forma de formar público novo. Pois isso é o óbvio. Mas isso também hoje é uma vitrine para o nome do festival, para os produtores e entidades organizadores, para o marketing das grandes empresas e principalmente para o governo. E esses proponentes muitas vezes obtêm fonte de renda que mantêm toda a estrutura de suas empresas através desses editais públicos, estaduais, municipais e federais. Principalmente com dinheiro público e quase 100% sem investimento privado, digo dos pequenos empresários, os proponentes, não das grandes empresas que utilizam esses editais e leis para fazer somente marketing, e não cultura.

Vejam: quase todos os festivais e shows já têm apoio do seu município, do seu estado, (conquista deles é verdade) e muitos da grande iniciativa privada, e quase todos, com a desculpa da promoção e da formação de público não pagam cachê aos artistas e músicos convidados “é divulgação Etc. e tal”, mas não justifica, pois ganha pão, é ganha pão. “Não peçam para eu dar de raça a única coisa que tenho para vender, minha música, minha arte”. (Cacilda Becker)

Isso é jabá institucionalizado, igual às rádios que tanto reclamamos há décadas. Quer tocar aqui é assim, você paga para estar aqui. Absurdooo! E se reclamar não entra mais na rádio, TV e/ou no circuito dos festivais, como temos exemplos de vários amigos artistas que foram excluídos das rádios e dos festivais por se manifestarem contra o jabá e/ou não pagamento de cachês nos festivais pelo Brasil afora. Isso hoje, como há 30 anos vem acontecendo.

Estamos criando outro monstro!?

Gostaria de saber da Funarte e do Minc o seguinte: em todos estes editais, nos trabalhos artísticos e musicais estão previstos o pagamento dos nossos cachês?!

Olhem os valores dos projetos enviados no relatório final da Reunião do Colegiado de Música, CNPC e Rede Musica Brasil:

Edital de Passagens: R$ 5 milhões (Mais dinheiro para levar o artista convidado para tocar nos festivais nacionais e internacionais… lindo! Um custo a menos principalmente para os Festivais Nacionais que já tem o estado, o município, a iniciativa privada, e agora o governo federal, mas cadê o cachê?)

Edital de Festivais: R$ 7 milhões (Mais “dinheiros” para produção dos Festivais Nacionais, Lindo! Vamos melhorar a produção dos festivais, mas cadê o cachê?)

Bacia do São Francisco: R$ 4 milhões (Lindo! Vamos lá! Mas os projetos não têm que ser nacionais? E os outros estados do nordeste, cadê a bacia do Guaíba no sul, bacia do Tietê no do sudeste, Pantanal no Centro Oeste e a Bacia Amazônica no norte?)

Clareira: R$ 2,4 milhão – Lindo! Mas também não é nacional!!?

Banco de Artistas: R$ 1,5 milhão – Lindo! Mas 200 artistas divididos por 27 estados, 7,4 artistas por estado. É isso.?!

Edital de rádios Arpub: R$ 500 mil - Lindo! Mas elas vão pagar direitos autorais ao ECAD?

Congresso: R$ 1,5 milhão – Lindo!

Capacitação + Exportação: R$ 1,9 milhão – Lindo!

Banco de Dados: R$ 1 milhão – Lindo!

Redes de Música: R$ 6 milhões – De novo pontos de cultura. Já não tem dinheiro para isso no Minc? Já temos redes, e mais redes formatadas pelos estados e municípios… isso poderia se reverter em algo mais urgente para a nossa cultura, como formação de músicos, formação de orquestras etc. e tal.

Acredito que ainda é tempo e é imprescindível a classe artística e musical se manifestar nestes editais de R$ 7 milhões, R$ 5 milhões, R$ 6 milhões, e que este dinheiro seja utilizado também para pagar os artistas , músicos e autores nestes festivais, mostras, shows, workshops, já que o resto, os festivais já estão contemplados, e já estão muito bem estruturados.

E, antes de mais nada e independente de qualquer coisa, precisamos que os artistas estejam nas curadorias, nas escolhas dos critérios, junto aos proponentes, de como, e para quem vai este dinheiro, e colocar todos segmentos da nossa música para serem prestigiados por estes editais, tais como: música Erudita, MPB, Instrumental,…e por ai vai.

Abs,

João Parahyba”

*******

Carta publicada na lista de discussão Rede Musica Brasil e liberada pelo autor para sua publicação no Scream & Yell.

*******

João Parahyba começou sua carreira aos 18 anos, na boate Jogral, em São Paulo. Como percussionista contratado da casa acompanhou artistas como Cartola, Clementina de Jesus, e participou de históricas jam-sessions com Hermeto Pascoal, Earl Hines e Michel Legrand. Uma dessas canjas tornou-se frequente: Jorge Benjor no violão, João na timba, Nereu Gargalo no Pandeiro e Fritz Escovão na cuíca. Nascia o Trio Mocoto formado para acompanhar Benjor no Festival Internacional da Canção de 1970. De 1970 a 75 o Trio Mocotó viajou pela Europa com Benjor, participou de gravaçoes como “Pais Tropical”, “Que Maravilha”, “Samba de Orly”, do LP “Força Bruta”, acompanhou Vinicius e Toquinho no show “Encontro” e lançou dois LPs com o Trio Mocotó.

Em 1981 foi para os Estados Unidos estudar composição e arranjo no Berklee College of Music (Boston). De volta ao Brasil iniciou uma sólida trajetoria como instrumentista acompanhando Ivan Lins e César Camargo Mariano. A partir de 1990 se envolveu também com produção e foi parceiro de Mitar Subotic, o SUBA, produzindo projetos independentes e participando da maior parte de seus trabalhos com Arnaldo Antunes, Bebel Gilberto e Edson Cordeiro, entre outros. Em 2000 reuniu o Trio Mocotó e começou a colaborar com artistas da cena eletrônica como DJ Marky, Patife, M4J, Anvil FX. Em 2004, com o Trio Mocotó lançando um novo disco, saiu em turnê por toda Europa. 2007 foi o ano do Trio Atlântico (com Pascal Lefeuvre & Carlinhos Antunes), que excursionou pela França e Espanha. Em 2008, comemorando 40 anos de profissao João Parahyba formou a banda Komanche’s Groove Band e o Quarteto Parahyba Jazz.

Extraído do Scream & Yell.

Te Vejo pelas Ruas!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

repetindo frases...

Me sinto repetindo as mesmas teorias, as mesmas soluções, a mesma indignação diante de problemas que não se resolvem devido ao fator humano. Chega de me repetir em linhas de blogs, mesas de bar, urnas eletrônicas, entrevistas de trabalho. Nossa incrível capacidade de se indignar e nada mudar me constrange. Somos verdadeiramente merecedores de tudo quanto vem nos assolando.
Por que? Respondo com outra pergunta. Quem de nós realmente se comprometeu com o bem maior em toda sua vida. De maneria ativa, além das horas de trabalho, e dos compromissos sociais se sacrificado por alguma mobilização, mudança de comportamento ou ação política? Conheço vários artistas defensores da mudança através da consciência criada pela arte. Bom não tem funcionado at all! então amiguinhos a CULPA é NOSSA! Sem desculpas, sem meias verdades, sem perguntas do tipo: mas por onde eu começo.

Entube a Culpa. Cada criança morta, cada subemprego, cada menor no tráfico, cada voto equivocado, cada político corrupto. Enquanto nós não tiramos o nosso rabo do facebook comemorando a chuva porque não fomos ao trabalho porque está chovendo, pra usar um exemplo reducionista de classe média, pessoas morrem soterradas!

Este não é um post polêmico ou um desabafo pessimista sobre uma situação de estopim. Este é o momento em que eu professo minha falta de esperança na humanidade de maneira ampla e irrestrita. A % dos que se importam e suas ações em função de um mundo melhor são muito menores do que a capacidade dos que tão pouco se lixando em acabar com este mundo e exercer a barbárie capitalista. Então. Chega. não me repito mais. Assumo minha culpa e incapacidade de me doar por mim e pelo mundo e afogarei minha angústia em atividades extra-curriculares.

Te vejo pelas Ruas!