Ainda sobre o Skatalites...
Quando eu era moleque, meus tios tocavam samba no quintal da casa da minha avó. Eu cresci na Vila Parque da Cidade, comunidade que faz costas à Rocinha, ouvindo esse som. Direto das favelas, Composto na favela, batucado pelas pessoas que moravam na favela. Mas em algum momento entre o tan-tan e o surdo eu conheci a bateria. O hardcore, o metal, o punk me diziam e explicavam tudo que eu sentia. As desigualdades do mundo, as meninas inatingíveis, a raiva, um tipo de amor.
Cantei em algumas bandas, toquei bateria em outras, até que fui arrebatado por um som. O Ska. A atitude, as questões, a forma de amar de dançar e de me vestir mudaram. Eu era mais feliz. Ao ponto fazer desse som the "Soundtrack of my life" (LTJ).
Dez anos e 3 bandas de ska depois, esse som, essa atitude, e todos os shows organizados com a preocupação de se criar um espaço para divulgação desse som, Os primeiros músicos a tocá-lo se apresentam na cidade. Foi bom ver no rosto dos meus queridos aquilo que faz esse rudeboy aqui seguir. Aquela energia proporcionada pelos beats dos meus setentões favoritos explica minha vida e minha arte. Ainda existe samba, metal, punk em mim. Mas hoje eles são o diferencial e não o essencial.
Sim, esse foi um momento "meu querido Diário" patrocinado por Skatalites. From Kingston Jamaica Original StudioOne. Obrigado por mostrar para todos aqueles que eu amo como uma música pode revolucionar a alma.
Te vejo pelas Ruas!
2 comentários:
eu lembro da hora que eu olhei pra você e falei "caaaara, nao sei nem explicar, sabe???" e você mostrou a tatuagem e falou "não precisa!"
\o/
É uma parada difícil de explicar mesmo... A coisa toda significa toda a coisa. É bonito pra caralho...!
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