domingo, 25 de abril de 2010
Love love me do!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Viradão Cultural Carioca.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Enquanto isso o menino Brasil entra na adolescência...
segunda-feira, 19 de abril de 2010
pra dormir com Jah
sábado, 17 de abril de 2010
Criatividade, Recorte, Inspiração, Ressonância. Um post curto em palavras mas grande no peito.
Pra justificar minha indinplência literária acabei topando com um trecho de um poema no Blog da Pati que me esquentou o coração. Fernando Pessoa - Tabacaria. Ei-lo!
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
(...)
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
(...)
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantámo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
"Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão."
Sensacional. para os realistas da alma, sonhadores e conquistadores o poema completo aqui.
See ya intha streets!
"Música é a brincadeira levada a sério." - Chico Science.
Projeto Música Brasil: “Carta aberta aos músicos e artistas”
“Caros companheiros artistas e músicos do Brasil,
Estamos num momento histórico de mobilização onde todos, ou quase todos estão lutando pela sobrevivência e manutenção da nossa música. Nos últimos dias tenho refletido sobre tudo que passamos nesses últimos meses, anos e décadas, e me veio na cabeça. Quem são os verdadeiros sujeitos disso tudo que está acontecendo na música brasileira, ontem, hoje e amanhã?!
Somos Nós! Artistas! Músicos e autores! Que fazemos desta arte a nossa vida, e no que diz respeito a estilos, gêneros e ritmos. Somos únicos! Sem nós, não existe música…. CD, DVD, Fonograma, rádio, show na televisão, mostra, festival, baile, casamento, carnaval e São João. Não existe nada!
Apesar de respeitar todos que estão participando deste debate, as entidades, os jovens produtores da nova geração, que hoje tem uma organização e discurso forte em prol de uma política cultural mais justa neste país, não vejo os interesses do artista e do músico com equilíbrio nesta balança entre os produtores de festivais, empresários da música, entre outros. Nosso problema é imediato: vivemos do nosso trabalho!
Ao ler o relatório da Rede Música Brasil (leia aqui), percebi que os projetos de maior valor contemplam os produtores de shows e festivais, empresários artísticos, pontos de rede e pontos de cultura, mas não diretamente a sobrevivência do artista. Com a queda brutal do mercado musical como CULTURA, hoje COMMODITIES, com a história desta política de show de graça, etc. e tal não existe subsistência, sobrevivência e sustentabilidade em toda cadeia. Estamos acabando com a iniciativa privada desde país, e ficando escravos dos editais. O funil das gravadoras e empresários artísticos do passado está hoje na máquina pública. Assim nunca construiremos um mercado cultural sustentável e verdadeiro
E honestamente, depois de 40 anos de carreira e de ter tocado no mundo todo, não venham me dizer que festival e mostra de música é única e exclusivamente uma vitrine para quem está começando ou para quem está um pouco sumido da mídia, ou ainda, uma forma de formar público novo. Pois isso é o óbvio. Mas isso também hoje é uma vitrine para o nome do festival, para os produtores e entidades organizadores, para o marketing das grandes empresas e principalmente para o governo. E esses proponentes muitas vezes obtêm fonte de renda que mantêm toda a estrutura de suas empresas através desses editais públicos, estaduais, municipais e federais. Principalmente com dinheiro público e quase 100% sem investimento privado, digo dos pequenos empresários, os proponentes, não das grandes empresas que utilizam esses editais e leis para fazer somente marketing, e não cultura.
Vejam: quase todos os festivais e shows já têm apoio do seu município, do seu estado, (conquista deles é verdade) e muitos da grande iniciativa privada, e quase todos, com a desculpa da promoção e da formação de público não pagam cachê aos artistas e músicos convidados “é divulgação Etc. e tal”, mas não justifica, pois ganha pão, é ganha pão. “Não peçam para eu dar de raça a única coisa que tenho para vender, minha música, minha arte”. (Cacilda Becker)
Isso é jabá institucionalizado, igual às rádios que tanto reclamamos há décadas. Quer tocar aqui é assim, você paga para estar aqui. Absurdooo! E se reclamar não entra mais na rádio, TV e/ou no circuito dos festivais, como temos exemplos de vários amigos artistas que foram excluídos das rádios e dos festivais por se manifestarem contra o jabá e/ou não pagamento de cachês nos festivais pelo Brasil afora. Isso hoje, como há 30 anos vem acontecendo.
Estamos criando outro monstro!?
Gostaria de saber da Funarte e do Minc o seguinte: em todos estes editais, nos trabalhos artísticos e musicais estão previstos o pagamento dos nossos cachês?!
Olhem os valores dos projetos enviados no relatório final da Reunião do Colegiado de Música, CNPC e Rede Musica Brasil:
Edital de Passagens: R$ 5 milhões (Mais dinheiro para levar o artista convidado para tocar nos festivais nacionais e internacionais… lindo! Um custo a menos principalmente para os Festivais Nacionais que já tem o estado, o município, a iniciativa privada, e agora o governo federal, mas cadê o cachê?)
Edital de Festivais: R$ 7 milhões (Mais “dinheiros” para produção dos Festivais Nacionais, Lindo! Vamos melhorar a produção dos festivais, mas cadê o cachê?)
Bacia do São Francisco: R$ 4 milhões (Lindo! Vamos lá! Mas os projetos não têm que ser nacionais? E os outros estados do nordeste, cadê a bacia do Guaíba no sul, bacia do Tietê no do sudeste, Pantanal no Centro Oeste e a Bacia Amazônica no norte?)
Clareira: R$ 2,4 milhão – Lindo! Mas também não é nacional!!?
Banco de Artistas: R$ 1,5 milhão – Lindo! Mas 200 artistas divididos por 27 estados, 7,4 artistas por estado. É isso.?!
Edital de rádios Arpub: R$ 500 mil - Lindo! Mas elas vão pagar direitos autorais ao ECAD?
Congresso: R$ 1,5 milhão – Lindo!
Capacitação + Exportação: R$ 1,9 milhão – Lindo!
Banco de Dados: R$ 1 milhão – Lindo!
Redes de Música: R$ 6 milhões – De novo pontos de cultura. Já não tem dinheiro para isso no Minc? Já temos redes, e mais redes formatadas pelos estados e municípios… isso poderia se reverter em algo mais urgente para a nossa cultura, como formação de músicos, formação de orquestras etc. e tal.
Acredito que ainda é tempo e é imprescindível a classe artística e musical se manifestar nestes editais de R$ 7 milhões, R$ 5 milhões, R$ 6 milhões, e que este dinheiro seja utilizado também para pagar os artistas , músicos e autores nestes festivais, mostras, shows, workshops, já que o resto, os festivais já estão contemplados, e já estão muito bem estruturados.
E, antes de mais nada e independente de qualquer coisa, precisamos que os artistas estejam nas curadorias, nas escolhas dos critérios, junto aos proponentes, de como, e para quem vai este dinheiro, e colocar todos segmentos da nossa música para serem prestigiados por estes editais, tais como: música Erudita, MPB, Instrumental,…e por ai vai.
Abs,
João Parahyba”
*******
Carta publicada na lista de discussão Rede Musica Brasil e liberada pelo autor para sua publicação no Scream & Yell.
*******
João Parahyba começou sua carreira aos 18 anos, na boate Jogral, em São Paulo. Como percussionista contratado da casa acompanhou artistas como Cartola, Clementina de Jesus, e participou de históricas jam-sessions com Hermeto Pascoal, Earl Hines e Michel Legrand. Uma dessas canjas tornou-se frequente: Jorge Benjor no violão, João na timba, Nereu Gargalo no Pandeiro e Fritz Escovão na cuíca. Nascia o Trio Mocoto formado para acompanhar Benjor no Festival Internacional da Canção de 1970. De 1970 a 75 o Trio Mocotó viajou pela Europa com Benjor, participou de gravaçoes como “Pais Tropical”, “Que Maravilha”, “Samba de Orly”, do LP “Força Bruta”, acompanhou Vinicius e Toquinho no show “Encontro” e lançou dois LPs com o Trio Mocotó.
Em 1981 foi para os Estados Unidos estudar composição e arranjo no Berklee College of Music (Boston). De volta ao Brasil iniciou uma sólida trajetoria como instrumentista acompanhando Ivan Lins e César Camargo Mariano. A partir de 1990 se envolveu também com produção e foi parceiro de Mitar Subotic, o SUBA, produzindo projetos independentes e participando da maior parte de seus trabalhos com Arnaldo Antunes, Bebel Gilberto e Edson Cordeiro, entre outros. Em 2000 reuniu o Trio Mocotó e começou a colaborar com artistas da cena eletrônica como DJ Marky, Patife, M4J, Anvil FX. Em 2004, com o Trio Mocotó lançando um novo disco, saiu em turnê por toda Europa. 2007 foi o ano do Trio Atlântico (com Pascal Lefeuvre & Carlinhos Antunes), que excursionou pela França e Espanha. Em 2008, comemorando 40 anos de profissao João Parahyba formou a banda Komanche’s Groove Band e o Quarteto Parahyba Jazz.
Extraído do Scream & Yell.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
repetindo frases...
Por que? Respondo com outra pergunta. Quem de nós realmente se comprometeu com o bem maior em toda sua vida. De maneria ativa, além das horas de trabalho, e dos compromissos sociais se sacrificado por alguma mobilização, mudança de comportamento ou ação política? Conheço vários artistas defensores da mudança através da consciência criada pela arte. Bom não tem funcionado at all! então amiguinhos a CULPA é NOSSA! Sem desculpas, sem meias verdades, sem perguntas do tipo: mas por onde eu começo.
Entube a Culpa. Cada criança morta, cada subemprego, cada menor no tráfico, cada voto equivocado, cada político corrupto. Enquanto nós não tiramos o nosso rabo do facebook comemorando a chuva porque não fomos ao trabalho porque está chovendo, pra usar um exemplo reducionista de classe média, pessoas morrem soterradas!
Este não é um post polêmico ou um desabafo pessimista sobre uma situação de estopim. Este é o momento em que eu professo minha falta de esperança na humanidade de maneira ampla e irrestrita. A % dos que se importam e suas ações em função de um mundo melhor são muito menores do que a capacidade dos que tão pouco se lixando em acabar com este mundo e exercer a barbárie capitalista. Então. Chega. não me repito mais. Assumo minha culpa e incapacidade de me doar por mim e pelo mundo e afogarei minha angústia em atividades extra-curriculares.
Te vejo pelas Ruas!