quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Sem mariconadas

Começa como qualquer outro conto da noite. Alguém liga em meio a uma semana atribulada e cheia de trabalho como de costume, e eu aceito sair para beber um drink como de costume. Daí em diante está nas mãos do inusitado, e Deus é testemunha de como eu gosto de coisas inusitadas. Mas vamos deixar o Todo Poderoso fora disso. Ele não merece ter conhecimento dos fatos a seguir... Como se não nos conhecêssemos cruzamos olhares, eu aponto no balcão do bar e fingindo não ter visto o tamanho da sua saia e nem sentido o feromônio de seu perfume indago o garçom:
- Jack Daniels duplo... e em tom reticente completo, sem "mariconadas"!
Enquanto espero pelo meu bourbon cowboy, você gesticula com as mãos, deslizando os dedos pela mesa de sinuca vazia, e olha de rabo de olho em direção ao bar procurando algo que sabe já ter encontrado, mas continua fingindo não ver... Bebe mais um pouco do seu yellow gin e vai até o banheiro.
O garçom traz o bourbon e eu pergunto:
- Que horas são campeão?
Ele em tom descontraído responde:
- Ainda é cedo, tem muita coisa pra acontecer hoje.
Eu respondo com um aceno de cabeça, levanto o copo até tocar a pala de minha boina e viro tudo num gole só. De súbito, sigo para o banheiro atrás daquilo que realmente me importa.

Adoro noitadas em boates chiques. Banheiros se fazem espaçosos, limpos e inusitadamente bem frequentados... Eu entro, e tranco a porta. Você me olha como se eu tivesse me demorado demais. Logo, eu me desculpo:
- O garçom é novo aqui e ainda não sabe como gosto do meu bourbon.
- Alguém realmente sabe?
- Estamos falando da mesma coisa? Tá bom foi retórico, creio que não, talvez dos 50 dançantes desconhecidos, distraídos com a música, um ou dois tenham me viso entrando no banheiro errado... mas, quem liga?
E como se não houvesse uma segunda chance a noite finalmente começa. O mármore gelado da pia cai como uma luva de distração para suas pernas enquanto arranco sua calcinha nos dentes, e agora sem mas nenhum anteposto me ponho a te chupar. Quente e rebolativo seu corpo responde... Aponte para onde e eu direi, ali já te comi também. Há anos fazemos isso, sei do que você gosta, e nesse momento você gosta é de gritar a cada orgasmo. Cada centímetro de prazer, cada grama de libertação é proclamada...
Mas o que seria da dialogicidade sexual se não te desse o privilégio de retribuir. Cinco minutos após o início da noite te vejo entalada com meu pau até metade da garganta. Pulsando, latente, rígido como se não houvesse segundas chances ou novos momentos como se fosse a ultima chance de cometer o ultimo pecado antes de ir sabe-se Deus pra onde. Batem à porta, como de costume cagamos e seguimos, afinal você já começa a sussurrar no meu ouvido que quer ser comida como uma vadia. quer gozar como uma ninfomaníaca, quer perfumar o banheiro com o cheiro do nosso sexo.
como não posso contrariar aquilo que vem do fundo da minha alma, meto forte te faço suspirar a cada investida. molhada, ensurdecendo a música e fazendo o mundo ouvir o quão livre você é ou deseja ser, se liberta. goza e pede porra; sem ter mais como me conter e ao ritmo das batidas quase que ritmadas na porta do banheiro eu te atendo, cara peitos buceta, tem pra todo o lado, inclusive para quem vai utilizar o banheiro. lavo meu pau na pia e seco ele na sua boca. a porta é aberta pelo segurança da casa... hora ir, mas não sem ter a cereja no bolo. A pobre coitada que tanto ansiava pelo banheiro, é a putinha que comi na noite anterior, aquela que atende pela alcunha de sua melhor amiga, e que certamente vai me ligar amanhã para implorar para come-la igual te comi hoje no banheiro. mas por hoje. por hoje ela vai só te encher a porra do saco, eu a cumprimento. agradeço ao segurança dizendo que estava trancado e não conseguia abrir a porta e vou para o bar.
- Traz mais um Jack Daniels, mestre. que eu estou indo embora...
- Mas já, a noite ainda está só começando, diz o garçom em tom cordial me servindo rapidamente meu bourbon.
- É, parece que terei um compromisso inadiável quando aquelas duas terminarem de brigar.
- Ah, entendo... mas qual delas é sua mulher?
- Agora você me pegou, mas hoje, será a primeira que vier aqui me pagar a saideira!
...

extratos de umas coisas um pouco diferentes que ando escrevendo...
Te Vejo Pelas Ruas!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Uau! Quente...
Até esqueceu as rimas...